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Belmiro Braga
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Belmiro Braga nasceu na Fazenda da Reserva, antigo Distrito de Vargem Grande (hoje Município com o seu nome), perto de Juiz de Fora, a 7 de janeiro de 1872, e morreu em Juiz de Fora, a 31 de março de 1937. Herdou possivelmente a veia poética do avô materno, Francisco Lourenço de Barros.
Filho de José Ferreira Braga, comerciante português, e de D. Francisca de Paula Braga, brasileira, Belmiro estudou as primeiras letras no “Ateneu Mineiro”, em Juiz de Fora, de onde voltou a Vargem Grande, com a morte da mãe, para auxiliar o pai nos negócios.
Esteve depois em Muriaé, em Carangola, e em 1901 era comerciante na Estação de Cotegipe, onde o foi encontrar o poeta nortista Antônio Sales, que passava tempos numa fazenda próxima.
Foi Antônio Sales quem o apresentou depois, em artigo na imprensa carioca, como o “João de Deus Mineiro”. Na mesma ocasião, Belmiro Braga conheceu Fernandes Figueira, médico, que colaborava em revistas da capital do país, com o pseudônimo de Alcides Flávio. Tornando-se seu companheiro de tertúlias literárias, Fernandes Figueira o orientou, de certa forma, em sua formação intelectual e conseguiu que os primeiros versos de Belmiro Braga fossem publicados no Rio de Janeiro.
Com a divulgação de seus trabalhos, Belmiro Braga conquistou, em pouco tempo, razoável popularidade como poeta. E de seu conhecimento em Minas com Antônio Figueirinhas, editor português que andava em viagem de negócios pelo Brasil, surgiu o lançamento do seu primeiro livro. “Montesinas” saiu prefaciado por Batista Martins, um amigo de Carangola, quando ele era comerciante, e Martins, estudante de Direito e jornalista.
Lançado o primeiro livro em 1902, Belmiro publicou depois: “Cantos e Contos”, em 1906; “Rosas”, em 1911; “Contas do Meu Rosário”, em 1918; “Tarde Florida”, em 1925, e finalmente, “Redondilhas”, em 1934. Escreveu também para o Teatro.
Foi o fundador da cadeira de número 8 da Academia Mineira de Letras.
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