Alunos de duas escolas públicas de Divinópolis, na região Centro-Oeste de Minas Gerais, participaram, na quinta-feira (25/8) e sexta-feira (26/8), de ações do Conhecendo o Judiciário – Justiça vai à escola, projeto do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), idealizado pela Diretoria Executiva de Comunicação Institucional e realizado há 23 anos, desde 1999.
As visitas foram na Escola Estadual Joaquim Nabuco e Escola Estadual Dona Antônia Valadares. A iniciativa contou com a participação do 2º Vice-Presidente do TJMG e superintendente da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), desembargador Renato Luís Dresch, e da desembargadora Lilian Maciel Santos, superintendente adjunta da Ejef.
Eles estavam acompanhados pelo juiz auxiliar da 2º Vice-Presidência do TJMG, Carlos Márcio de Souza Macedo; juiz da Comarca de Divinópolis, Mauro Riuji; diretora executiva de Desenvolvimento de Pessoas da Ejef, Ana Paula Andrade Prosdocimi, e da coordenadora do Programa Conhecendo o Judiciário, Flávia do Valle.
O objetivo do Projeto Conhecendo o Judiciário é apresentar a estrutura e o funcionamento da Justiça em linguagem simples e acessível. Entre as ações estão visitas às escolas, ao TJMG e aos fóruns das comarcas do estado. As atividades contemplam estudantes, grupos de terceira idade e integrantes de grupos organizados da sociedade civil.
Durante os encontros motivacionais nas escolas, os magistrados contaram as próprias vivências como estudantes de escolas públicas, falaram sobre experiências profissionais, incentivaram alunos a prosseguir na formação acadêmica, sempre em busca de novos conhecimentos, e também trataram sobre a decisão da escolha e carreira profissional.
Durante visita à Escola Estadual Joaquim Nabuco, na quinta-feira (25/8), o 2º vice-presidente do TJMG e superintendente da Ejef, desembargador Renato Luís Dresch, contou o que o despertou para o curso de Direito. “Eu estava em escola pública, no primeiro ano do segundo grau, quando ouvi a palestra de um juiz. A partir daquele momento pensei em ser juiz. Por isso, direcionei meus estudos para o Direito, com objetivo de ser magistrado. Assim segui a minha vida”.
Ele ressaltou ainda que “esse encontro, com o Judiciário indo à escola, é exatamente para motivar os alunos para que eles saibam que existe a possibilidade de vitória. Sobretudo para aqueles que, às vezes, têm dificuldades e acham que não têm mais oportunidades. Então precisamos motivar jovens nessa idade, entre 14 e 17 anos”.
O juiz auxiliar da 2º Vice-Presidência do TJMG, Carlos Marcio de Souza Macedo, também disse que estudou em escola pública e precisou superar caminhos difíceis até chegar ao cargo atual. “É uma felicidade muito grande retornar à escola pública e ver que esses meninos serão os nossos comandantes amanhã. E o amanhã está aí, bem pertinho. Então, é uma satisfação poder trocar essa experiência, trazer uma palavra e o Judiciário até a escola. Isso alegra o coração, motiva a entender que, a cada dia, é possível sempre melhorar. E que só podemos melhorar por meio da educação desses meninos que estão chegando”. Ele enfatizou que é preciso mostrar aos alunos que é possível, mas que o caminho é apenas um: os estudos.
Já o juiz da 2ª Vara criminal de Divinópolis, Mauro Riuji, ressaltou a possibilidade de cada um “ser dono” do próprio destino, reafirmando a importância da ação para que os participantes saibam a real história do Judiciário. “Muitos têm uma imagem distorcida, pensam que o juiz vem de ‘berço de ouro’, que ele não lutou, não batalhou. Mas somos de carne e osso. Também sofremos, batalhamos, lutamos, cada um com a sua história. Então é importante mostrar para eles que é possível vencer na vida”, disse.
Durante aproximadamente uma hora, os mais de 300 alunos da Escola Estadual Joaquim Nabuco, a grande maioria adolescentes entre 14 e 17 anos, ficaram atentos às palestras. A jovem Bianca Raquel Ribeiro, que cursa o segundo ano do ensino médio, afirmou que ganhou, durante a ação, uma motivação a mais para seguir o caminho que pretende alcançar.
“Eles contaram que vieram de escola pública, assim como a gente, e foram como eu, que trabalho e estudo. Então foi uma palestra que motivou. É correria, é puxado, mas é o prazer de fazer aquilo que gosta. Estou com mais vontade de continuar no meu foco, no meu estudo. Não é fácil. A gente escuta muita coisa e pensa em desistir por várias vezes. Mas aí recebemos uma palestra e a pessoa te motiva muito mais”, afirmou a jovem, que deseja cursar Direito.
A sensação é parecida com a da colega de escola, a aluna Ana Carolina Alves Rodrigues, de 16 anos. “Muitas vezes as pessoas ficam perdidas no que querem. E tudo que você pode fazer para motivar essas pessoas acaba sendo muito importante”, finalizou.
Também na quinta-feira (26/8), alunos da Escola Estadual Dona Antônia Valadares receberam a visita de representantes do Judiciário. Estiveram presentes a desembargadora Lilian Maciel Santos, superintendente adjunta da Ejef, e o juiz José Antônio Maciel.
Na sexta-feira (26/8), a desembargadora Lilian Maciel, dessa vez na companhia do juiz Mauro Riuji, palestrou aos alunos da Escola Estadual Engenheiro Pedro Magalhães. “Acreditem naquilo que inspira vocês. Tenham referencial de boas pessoas, como eu felizmente tive. O caminho que a gente trilha deve ser um caminho inspirado em um bem comum”, disse. Ela afirmou ainda que é preciso ‘pensar no coletivo’ para ser um multiplicador de boas ideias e ações”. Além disso, acrescentou que “é importante que vocês pensem sempre nessa ideia de que sejamos indivíduos que pensem no coletivo. Podemos ser pessoas que somam e multiplicam na sociedade. E, com isso, fazer algo melhor”, concluiu.
Nesta sexta-feira (26/8), alunos da Escola Estadual Joaquim Nabuco voltaram a receber a visita do desembargador Renato Dresch que, acompanhado do juiz José Antônio Maciel, tratou novamente sobre assuntos motivacionais aos estudantes.
O diretor da instituição de ensino, Roberto Rodrigues Ribeiro, disse que “a ação traz sonhos. Então é uma honra para a comunidade escolar esse projeto. Os palestrantes vieram do sistema público de ensino, e isso é maravilhoso, porque faz com que o adolescente, além de entender a missão do Judiciário, também possa perceber que eles são pessoas”.
Texto: Dircom/TJMG
Fotografia: Riva Moreira