Publicado em 02/06/2025.
A Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (EJEF) promoveu, no dia 30 de maio, o workshop “Assédio, discriminação e seus impactos na saúde mental do servidor”. A ação educacional foi realizada em Montes Claros e teve como objetivo capacitar magistrados, gestores, servidores, estagiários e colaboradores terceirizados para a identificação, prevenção e enfrentamento do assédio e da discriminação no ambiente de trabalho, visando a promoção de um espaço profissional saudável e harmonioso.
A juíza de Direito e diretora do Foro da Comarca, Dra. Cibele Maria Lopes Macedo, destacou a iniciativa como parte de uma gestão comprometida com o bem-estar dos servidores. “Minha proposta de atuação é voltada para o servidor, para os nossos colegas, observando a questão da saúde física e mental de todos eles”, afirmou.
A magistrada destacou que o curso foi fruto de uma parceria com a Escola Judicial; e acrescentou que, além dessa iniciativa, a intenção é promover outras formações voltadas aos agentes do Poder Judiciário no desempenho de suas funções.

O juiz de direito e coordenador do Núcleo Regional da EJEF da Comarca de Montes Claros, Dr. Vítor Luís de Almeida, explicou que, em colaboração com os órgãos técnicos da Escola Judicial, foi elaborado um workshop específico para atender a essa demanda. “A proposta é promover a discussão do tema com servidores, colaboradores, estagiários e magistrados da comarca, proporcionando maior conhecimento sobre quando e como essas situações ocorrem, além dos meios disponíveis para enfrentá-las, sobretudo de forma preventiva, mas, quando necessário, também com medidas repressivas”, afirmou.
O juiz de direito, coordenador executivo da Coordenadoria da Infância e da Juventude (COINJ) e formador na ação, Dr. José Honório de Rezende, destacou a intencionalidade educativa do plano pedagógico.
O magistrado ressaltou que a proposta central da iniciativa é fortalecer uma das principais diretrizes relacionadas ao clima organizacional – a prevenção do assédio e a adoção de abordagens adequadas, especialmente por parte dos gestores e de todo o corpo de servidores.
O coordenador da COINJ também enfatizou a importância de tratar e discutir situações que possam configurar excessos ou condutas desproporcionais no ambiente institucional. Segundo ele, é fundamental que gestores e servidores compreendam com clareza os limites entre o exercício regular de um direito e a prática de abusos, reconhecendo o que configura um ilícito e o que representa uma conduta legítima sob a perspectiva da gestão.
A juíza de direito e docente da ação, Dra. Maria Isabela Freire Cardoso, compartilhou que a intenção é “desenvolver uma cultura de enfrentamento de todos os tipos de assédio e discriminação dentro do Tribunal de Justiça”.

Por sua vez, Sheila Augusta Ferreira Fernandes Salomé, psicóloga do TJMG e formadora do workshop, ressaltou a sensibilidade do tema, que envolve questões do cotidiano e das relações interpessoais no ambiente de trabalho. “Isso compromete não apenas o desempenho laboral, mas também as emoções e o psiquismo”, explicou.
A docente afirmou que o assédio deve ser constantemente discutido, estudado e debatido, destacando a importância de trabalhar na sua prevenção para que ele não ocorra no ambiente de trabalho nem na vida das pessoas.
Mesa de Honra
Compuseram a mesa de honra de abertura a juíza de Direito e diretora do Foro da Comarca de Montes Claros, Dra. Cibele Maria Lopes Macedo; o juiz de Direito e coordenador do Núcleo Regional da EJEF da Comarca de Montes Claros, Dr. Vítor Luís de Almeida; o juiz de Direito, coordenador executivo da Coordenadoria da Infância e da Juventude (COINJ) e formador na ação, Dr. José Honório de Rezende; a juíza de Direito e formadora na ação, Dra. Maria Isabela Freire Cardoso; e a psicóloga do TJMG e formadora na ação, Sheila Augusta Ferreira Fernandes Salomé.