Parte das luzes da sala foi apagada. Aos poucos, imagens de corujas e vozes de um coro masculino, cantarolando a composição de João Bá, vão tomando o ambiente:
“Canta corujinha
Dança o caboré
Chora mãe da lua
Nos igarapés…”
O segundo-vice presidente do TJMG, superintendente da EJEF, desembargador Tiago Pinto foi homenageado pelos recuperandos da Apac de Santa Luzia com o espetáculo de contação de histórias ” Sábios piados”, dirigido pelas professoras Rosana Mont’ Alverne e Sandra Lane. O evento ocorreu em plenário, no Palácio do edifício Sede da Justiça mineira.
Os treze recuperandos que apresentaram a atração, se formaram recentemente como contadores de histórias, junto a outros 26 internos, pelo Projeto Caminhos e Contos – A Ressocialização pela Palavra, uma realização da EJEF, em parceria com o Programa Novos Rumos do TJMG.
Os recuperandos abriram as apresentações com uma bela performance de luzes e sombras. Imagens de corujas foram projetadas nas paredes do plenário através de luzes de lanternas. As histórias e as diversas canções apresentadas, acompanhadas por um solo de viola caipira, executado pelo professor Vilmar de Oliveira, tiveram a coruja como protagonista. Não foi por mera coincidência. A coruja, símbolo da sabedoria, é a ave preferida pelo desembargador Tiago Pinto.
Ao final da apresentação, o segundo-vice presidente do TJMG, superintendente da EJEF, desembargador Tiago Pinto agradeceu a surpresa preparada pelos recuperandos, aos professores que se dedicaram para que o espetáculo acontecesse, e destacou a importância do Projeto Caminhos e Contos. ” A expectativa da Escola é de que esse projeto não morra, que ele continue. Ele tem o mérito de ser um trabalho que mexe com a mente, com os sentimentos de quem um dia sofreu um revés na vida, mas que pode ser recuperado”, concluiu.
Vários presentes feitos pelos próprios recuperandos foram oferecidos ao desembargador Tiago Pinto. Entre os mimos, um Butai, utensílio artesanalmente feito de madeira, suporte para a técnica de contação de histórias, Kamishibai, que significa “teatro de papel”, sua origem remonta aos templos budistas do séc. XII.
As cadeiras do plenário ficaram repletas. Estavam presentes o primeiro vice-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador José Flávio de Almeida, o Corregedor Geral de Justiça do Estado de Minas Gerais, desembargador Agostinho Gomes de Azevedo, a superintendente adjunta da EJEF, desembargadora Mariangela Meyer, o coordenador executivo do Programa Novos Rumos, desembargador aposentado, Antônio Armando dos Anjos, o juiz de direito, presidente da AMAGIS, Luiz Carlos Rezende e Santos, o ex-presidente do TJMG, desembargador Nelson Missias de Morais, o vice-presidente do TRE- MG, desembargador Maurício Soares Torres e o desembargador aposentado, José Antonino Baía Borges.