Começou, no dia 16 de maio, mais um percurso da “Formação de laboratoristas ENCANTAR”. A trilha II, intitulada “Futurismo e Pesquisa”, é continuidade da ação educacional voltada a magistrados e servidores voluntários da Unidade Avançada de Inovação em Laboratório do TJMG (UAILab), iniciada em 12 de março, com a Trilha I, “Entusiasta da Inovação”.
Os participantes que concluíram a primeira etapa terão como meta, agora, desenvolver propostas de projetos estratégicos de gestão com base na identificação de objetivos de inovação, visando à construção de mapas de oportunidades de inovação e à realização de pesquisas com usuários, contribuindo para alcançar futuros possíveis para o Judiciário brasileiro.
O curso, ministrado em aulas síncronas on-line, terá continuidade nos dias 17 e 23 deste mês, perfazendo um total de 12 horas. Para trilhar esse caminho, a Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (EJEF) conta com a docência de José Faustino Macedo de Souza Ferreira, Juiz de Direito do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e Integrante do Comitê Gestor Nacional de Inovação no Judiciário (RENOVAJUD), instituído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ao lado dele, atua em codocência João Guilherme de Melo, doutor em Comunicação Social e servidor público do TJPE, onde atua na Assessoria de Comunicação Social e no Instituto de Desenvolvimento de Inovações Aplicadas ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (IDEIAS TJPE).
Na Trilha II, os formadores irão trabalhar os desafios da gestão para áreas estratégicas do TJMG, bem como desenvolver um mapa de oportunidades de inovação, utilizando técnicas, métodos e abordagens ativas. A proposta é que, por meio da retomada das atividades concluídas nos encontros anteriores do curso, seja produzido um ciclo de ideação a partir da construção do mapa de oportunidades de inovação e da produção dos motores de mudança; pretendendo-se, nesse contexto, analisar as soluções desenvolvidas a partir do ciclo de ideação realizado. Além disso, serão abordados aspectos teóricos e práticos da pesquisa científica, com ênfase a classificação, fases, problemas e planejamento de pesquisas de curta duração. Serão discutidas técnicas de coleta e análise de dados e os modelos de visualização de dados gerados pela coleta realizada.
No encontro, João Guilherme de Melo introduziu o tema, destacando ser interessante encararmos a inovação sob a perspectiva de utilizarmos o que já sabemos para ir além do que pensamos, vivemos ou acreditamos, a partir de um olhar da educação ativa da experimentação. Nesse sentido, o docente salientou que as trilhas percorridas ao longo do curso podem ser vistas como oportunidades de troca de aprendizado entre professores e alunos, visando a uma construção coletiva do conhecimento dentro da seara proposta, qual seja, futurismo e pesquisa.
José Faustino Ferreira abordou o futurismo no sentido de pensar novas configurações e formatações, utilizando imaginação, abstração e criatividade para a instituição de futuros possíveis e desejados. “Estamos muito acostumados, no trabalho, na vida, no serviço público e no Judiciário, a nos preocupar com o hoje ou, no máximo, com algo do passado, quando fomos muito felizes ou feridos; mas temos pouca prática, em nosso dia a dia, de pararmos e pensarmos em soluções futuras para onde a humanidade está caminhando. Nesse sentido, iremos trabalhar conceitos, percepções, mas principalmente realizar uma oficina, o mapa de oportunidade, que irá simular como as grandes instituições e organizações mapeiam, constroem ou pensam em cenários futuros”, destacou o docente.