Se há alguém que abraça a criatividade e a mudança com cordialidade, esse indivíduo é o entusiasta da inovação. Com mente aberta e brilho nos olhos, esse perfil é essencial para impulsionar transformações em qualquer área, inclusive no setor público. Partilhando dessa convicção, a Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (EJEF) iniciou na terça-feira, 12 de março, a Formação de Laboratoristas ENCANTAR, constituída por duas trilhas de aprendizagem.
A trilha formativa tem sua primeira edição intitulada “Entusiasta da Inovação”, e será realizada entre os dias 12 e 14 de março; já a segunda, chamada “Laboratorista Júnior”, ocorrerá entre 16 e 18 de abril. O objetivo é capacitar magistrados, servidores e voluntários do TJMG para aplicar práticas inovadoras no Poder Judiciário, visando ao desenvolvimento de projetos que tragam a eficiência e a eficácia à prestação jurisdicional.
A mesa de abertura do curso foi composta pelo Segundo Vice-Presidente do TJMG e Superintendente da EJEF, Desembargador Renato Dresh; pela Juíza Auxiliar da Presidência do TJMG, Raquel Gomes Barbosa; pela Gerente do Centro de Desenvolvimento e Acompanhamento de Projetos (Ceproj) e do UAILab, Priscila Pereira de Souza; e pelos docentes do curso: o Juiz de Direito do Estado de Pernambuco, José Faustino Macedo de Souza Ferreira, e o Assessor do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (TJPE), João Guilherme de Melo Peixoto.
Desembargador Renato Dresh destacou a intergeracionalidade e a interação entre os tribunais como pontos importantes no processo da inovação. “A Escola tem que ser inovadora, não podemos ser repetidores de atos. Se nós do Poder Judiciário não nos reinventarmos, vamos perder a relevância social”, afirmou o Superintendente da EJEF.
Docência e conteúdo programático
Para trilhar esse caminho, a EJEF contou com a docência de José Faustino Macedo de Souza Ferreira, Juiz de Direito do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e Integrante do Comitê Gestor Nacional de Inovação no Judiciário (RENOVAJUD), instituído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ao lado dele, João Guilherme de Melo Peixoto também desempenha a função de docente nessa ação formativa. Doutor em Comunicação Social e servidor público do TJPE, atua, ainda, no Instituto de Desenvolvimento de Inovações Aplicadas ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (IDEIAS TJPE).
A trilha abordará, dentre outros temas, o histórico da inovação no setor público e no Poder Judiciário, a criatividade, o empreendedorismo público, os macrodesafios relacionados à realidade do tribunal, dando ênfase a aspectos práticos, como a montagem de protótipos e sua apresentação.
Os conteúdos tratados proporcionarão aos participantes uma formação abrangente e prática, capacitando-os a pensar soluções inovadoras, que serão implementadas no Poder Judiciário e usufruídas por toda a sociedade.
Segundo José Faustino, “o ‘Encantar’ nasceu de uma dor do Judiciário, que é a necessidade de repensar fluxos, processos, e de como estes serviços estão sendo entregues à sociedade. Consiste em um ciclo de formação continuada de laboratoristas, integrado à Política de Gestão da Inovação do CNJ para o Poder Judiciário, tratando-se, portanto, de uma inovação institucional e organizada; parte de metodologias técnicas e abordagens internacionalmente aceitas para inovação. Nesse sentido, a importância do curso em questão é trazer para esse público diverso uma caixa de ferramentas que permitem conduzir processos de inovação em qualquer lugar em que estejam. Eles não virão aqui meramente para aprender e ir embora para casa; a intenção é formar laboratoristas, ou seja; que eles sejam agentes ativos na condução de oficinas, de sprints de inovação. O objetivo é plantar sementinhas difusamente em Minas Gerais para que no futuro próximo a gente possa colher, a partir de árvores frondosas que a inovação vai gerar, frutos para a sociedade mineira”.