Com uma abordagem pioneira, a EJEF e o Centro de Sustentabilidade (CESUS) da Superintendência de Logística e Sustentabilidade realizaram, nesta terça-feira, 20 de junho, o “Encontro de Sustentabilidade – TJMG”. A ação educacional reuniu juízes, desembargadores, servidores públicos e profissionais do setor para discutir estratégias e práticas inovadoras sobre o tema.
O discurso de abertura foi proferido pela Desembargadora Mônica Libânio, Superintendente de Logística e Sustentabilidade do TJMG. A magistrada destacou que a iniciativa foi desenvolvida consoante a “Resolução 400” do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que trata da política de sustentabilidade no âmbito do Poder Judiciário, e com a “Agenda 2030” da Organização das Nações Unidas (ONU), documento que contém 17 objetivos de desenvolvimento sustentável e 169 metas criados para erradicar a pobreza e promover uma vida digna para todos, com respeito ao meio ambiente e sem comprometer a qualidade de vida das próximas gerações. Ela ressaltou a necessidade de uma gestão sustentável de bens e serviços do Tribunal mineiro sob a perspectiva da sustentabilidade.
O Desembargador Renato Dresch, Segundo Vice-Presidente do TJMG e Superintendente da Escola Judicial, representou o Desembargador José Arthur Filho, Presidente do TJMG. Em seu discurso, o magistrado ressaltou a importância da sustentabilidade para garantir o futuro, mas, sobretudo, para transformar o presente. “A busca por uma qualidade de vida, por um meio ambiente ecologicamente equilibrado e por uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária passa pelas múltiplas ações voltadas à sustentabilidade. Essa ação educacional é muito importante porque precisamos agir no presente para termos um futuro melhor”.
O Desembargador Wanderley Salgado de Paiva, Superintendente Adjunto de Logística e Sustentabilidade do TJMG, avaliou a urgência na adoção de medidas que contribuam para o meio ambiente e a paz social. “A sociedade exige esse comportamento de nós, e o Tribunal está na vanguarda com seus empreendimentos e ideias inovadoras para que possamos preservar nosso meio ambiente. Vamos aprimorar cada dia mais para que o meio ambiente agradeça”, ressaltou.
Palestras
As discussões enriquecedoras foram lideradas por especialistas renomadas, tanto no campo jurídico quanto no campo da sustentabilidade. Elas compartilharam suas visões e experiências, abordando tópicos como o papel do judiciário na implementação da agenda 2030, os desafios enfrentados e as soluções criativas já aplicadas em outras esferas governamentais.
No período matutino, foram proferidas duas palestras. Marília Carvalho, Secretária de Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais, responsável pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), apresentou um panorama sobre a atuação de sua pasta.
A segunda palestra foi proferida por Ketlin Feitosa, Assessora-Chefe de Gestão Sustentável do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A gestora disse que: “as pessoas pensam a sustentabilidade apenas pela ótica do tripé: ambiental, social e financeiro, mas que na verdade, sustentabilidade é algo muito mais complexo e que envolve outras dimensões que precisam ser compreendidas, adotadas e praticadas”.
Durante o período vespertino, Adriana Tostes, Coordenadora de Gestão Estratégica e Sustentabilidade do Tribunal de Justiça do DF, trouxe o tema: “Agenda 2030 no Judiciário: da teoria à prática”. “Ao adotar uma perspectiva alinhada com a Agenda 2030, o Poder Judiciário mineiro demonstra seu compromisso em traduzir a teoria em ações concretas. A promoção de práticas ambientalmente responsáveis, economia de recursos e ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida nos órgãos públicos é sinônimo de valor social”, destacou.
Uma das temáticas centrais foi a adoção de contratações sustentáveis, trazida pela servidora Tatiana Martins da Costa Camarão, Assessora Técnica Especializada da Presidência do TJMG. O encontro estimulou o debate sobre como contratações, compras e licitações podem ser realizadas de forma mais sustentável, levando em consideração critérios socioambientais na escolha de fornecedores, produtos e serviços.
O encerramento do Encontro foi proferido pelo Presidente do TJMG, José Arthur de Carvalho Pereira Filho. “No Poder Judiciário mineiro, adotamos o conceito de desenvolvimento sustentável. Assim, por meio do nosso Núcleo Socioambiental, temos criado e ampliado ações efetivas que visam a reduzir o impacto de nossas atividades no meio ambiente. Temos buscado também nos tornar mais inclusivos e socialmente responsáveis; temos atuado, ainda, para oferecer mais qualidade de vida para nossos públicos internos, empenhando-nos em conscientizá-los sobre o tema. O Encontro de Sustentabilidade que hoje se realiza é mais uma contribuição do Tribunal de Justiça de Minas Gerais ao enfrentamento de uma questão global, que, para ser encarada, requer atuações localizadas”.