Publicado em 17/12/2025
A Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (EJEF) celebra os resultados do curso “A Justiça no Espelho das Artes: Cultura, Arte e Direito,” iniciativa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), realizada pela Escola Judicial em parceria com a Escola Superior da Magistratura Desembargadora Jane Silva (EMAJS).
A ação educacional, promovida entre 6 de agosto e 11 de novembro de 2025, em formato presencial, reuniu 45 participantes — entre magistrados, assessores e servidores — na EJEF e no auditório da Associação dos Magistrados Mineiros (AMAGIS), e trouxe uma proposta ousada: enxergar a Justiça pelas lentes da literatura, das artes, da arquitetura e do patrimônio cultural.
A concepção da formação surgiu a partir da interlocução do 2º vice-presidente do TJMG e superintendente da EJEF, Desembargador Saulo Versiani Penna, com duas referências nas áreas relacionadas à temática: o Desembargador Fernando José Armando Ribeiro, do Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais (TJMMG), e Marcelo Albuquerque Corrêa, especialista em História da Arte, e Desenho Artístico. Ambos, membros do IHGMG e professores universitários, assumiram a coordenação do curso e a elaboração do conteúdo da ação, que contou ainda com a mediação do diretor executivo da EMAJS, juiz Richardson Xavier Brant.

A ideia reforça o caráter inovador, multidisciplinar e humanístico da atual gestão reafirmando a união de esforços em prol de uma formação judicial moderna e sensível às complexidades do mundo contemporâneo. O curso alcançou índices elevados de satisfação e confirmou a eficácia da proposta estratégica da Escola Judicial.
Avaliações que destacam excelência
A participação ativa do grupo confirmou o impacto da atividade. Entre os 38 inscritos, 81,58% foram aprovados, e a maioria destacou a relevância inédita do tema. A avaliação registrou índices impressionantes:
- 97% a 100% de aprovação para domínio de conteúdo, clareza e qualidade das exposições;
- 100% de avaliações positivas nas visitas técnicas à Academia Mineira de Letras e à cidade histórica de Ouro Preto, momentos que traduziram na prática a integração entre Justiça e patrimônio cultural;
- Reconhecimento geral da metodologia utilizada, que ampliou o repertório cultural e contribuiu para novas formas de compreender a atividade jurisdicional.
Objetivos alinhados ao Plano Pedagógico Institucional da EJEF
A ação educacional encontra-se alinhada ao Plano Pedagógico Institucional (PPI) da EJEF, que orienta a educação judicial contemporânea a partir de três pilares essenciais: a relação permanente entre teoria e prática, a articulação entre parte e totalidade e o compromisso com o diálogo entre disciplinaridade e interdisciplinaridade.

Em consonância com essa concepção, o curso toma a prática profissional como ponto de partida para reflexões culturais mais amplas, integra Direito, Arte e História como dimensões interligadas de uma mesma experiência formativa e adota metodologias ativas que estimulam protagonismo, criticidade e sensibilidade. Além disso, promove educação continuada e amplia de forma permanente o repertório cultural dos profissionais do Judiciário, fortalecendo a capacidade de compreender a Justiça em diálogo com a sociedade, com a cultura e com o patrimônio simbólico que as sustentam.
Impacto e projeção para o futuro
Os participantes, por meio da avaliação de reação, sugeriram a ampliação da carga horária, a criação de novos módulos e até mesmo a possibilidade de uma pós-graduação na área de Direito e Literatura — um reflexo da pertinência da proposta e da contribuição pedagógica evidenciada pelo interesse crescente por formações inovadoras.
Para a EJEF, o resultado é motivo de celebração — demonstra que a aposta em temas contemporâneos, interdisciplinares e culturalmente sensíveis atende às expectativas dos profissionais do Judiciário e consolida a Escola como espaço de formação integral e transformadora.
A iniciativa faz parte do movimento da EJEF para fortalecer seu papel como referência em educação judicial de qualidade, conectada à cultura, à história e à construção de uma Justiça mais humana e sensível e preparada para os desafios do presente e do futuro.





