Publicado em 13/11/2025.
A Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (EJEF) promove, entre 10 e 26 de novembro, a formação de expositores das Oficinas de Divórcio e Parentalidade – Turma 2/2025. A ação educacional, realizada a distância e com aulas síncronas, reuniu magistrados, servidores e participantes externos previamente indicados pelos coordenadores dos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSCs).
O objetivo é capacitar profissionais para conduzir oficinas que auxiliem casais em processo de separação a construir relações parentais mais equilibradas, em consonância com as diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC).
A servidora Vânia Alves Ramos, mediadora e conciliadora na comarca de Igarapé, atua como formadora e destacou o caráter coletivo do aprendizado.
“Sou servidora na Comarca de Igarapé, mediadora, facilitadora e conciliadora. Agora, estou aqui com vocês, apresentando este curso ao lado do Dr. Cleiton e do Dr. Anderson. Estamos juntos — é um aprendizado”, afirmou.
Ela também comentou sobre o vínculo que se estabelece com o trabalho nos CEJUSCs: “Quando iniciamos o caminho do CEJUSC e dos métodos de autocomposição, não paramos mais. É um encantamento que nos cativa”, declarou.
O juiz Clayton Rosa de Resende, que coordenou o CEJUSC de Belo Horizonte entre 2018 e 2024, compartilhou sua trajetória com as Oficinas de Divórcio e Parentalidade.
“As Oficinas do CEJUSC Belo Horizonte sempre foram muito atuantes. Diferentemente da maioria das comarcas, Belo Horizonte realiza duas oficinas por mês. Tivemos, portanto, uma atuação bastante intensa, alcançando resultados muito favoráveis e expressivos”, relatou.
Com ampla experiência na área, ele afirmou que o envolvimento com os métodos de autocomposição permanece presente em sua trajetória profissional. “Saí do CEJUSC, mas o CEJUSC não saiu de mim”, sintetizou.
O juiz de Direito Anderson Fábio Nogueira Alves, coordenador do CEJUSC de Caratinga, destacou que a formação representa mais um passo na consolidação das práticas autocompositivas no Judiciário mineiro.
“Há sete anos, todos nós participamos da formação em Oficinas de pais e filhos e seguimos nessa caminhada. Já concluímos o curso de formação e estamos iniciando o terceiro ano de capacitação de novos expositores das Oficinas de Parentalidade”, observou.
Segundo o magistrado, os encontros foram estruturados para integrar teoria e prática, com ênfase na troca de experiências entre os participantes.
“Nosso objetivo aqui é compartilhar um pouco da experiência que temos e do conteúdo com vocês. O material da oficina é bastante autoinstrutivo, de modo que vocês terão muitos recursos para se aprofundar nas teorias e nos elementos das oficinas de parentalidade”, afirmou.
Ele destacou ainda a relevância do engajamento integral na formação.
“Serão quatro encontros, e reforço que a participação em todos eles é obrigatória. Sem esse envolvimento pleno, não será possível obter a certificação como expositor”, alertou.
O conteúdo programático abrange temas como a política pública de autocomposição, os métodos autocompositivos, a atuação do expositor, a empatia e a comunicação não violenta. Além disso, as atividades síncronas contemplam a aplicação prática das oficinas e os procedimentos para certificação dos expositores.
A formação integra o Plano Anual de Desenvolvimento (PDA 2025) da EJEF e prevê uma etapa prática, com duração de dois anos, na qual os participantes certificados atuarão como expositores em formação em cinco edições das Oficinas de Divórcio e Parentalidade. O propósito é consolidar o aprendizado e fortalecer a cultura da autocomposição no Judiciário mineiro.





