Na última sexta-feira, dia 13, a Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef) realizou o “1º Seminário Temático: Desafios da Gestão Judiciária”, formação presencial que reuniu magistrados, servidores e discentes de seu curso de Pós-graduação em Gestão Pública Judiciária. Ocorrido na Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde da FUMEC, em Belo Horizonte, o seminário teve como objetivo principal discutir os principais desafios enfrentados pelo Poder Judiciário e a aplicação da metodologia proposta na Portaria nº 141 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A mesa de honra de abertura foi presidida pelo Dr. Maurício Pinto Ferreira, desembargador e Superintendente Adjunto da EJEF, que representou o Segundo Vice-Presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e Superintendente da EJEF, o Desembargador Saulo Versiani Penna. Compuseram a mesa e também participaram como formadores nessa oficina Dr. Marcus Vinicius Mendes do Valle, juiz convocado para atuar na segunda instância do TJMG, Dr. Thiago Penido Martins, advogado e professor da Universidade Estadual de Minas Gerais (UFMG), e Dr. Antônio Eduardo de Noronha Amabile, advogado e servidor do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).
O Desembargador Maurício Pinto Ferreira destacou a importância do seminário para o aprimoramento da gestão judiciária em um momento de transformações tecnológicas. “Estamos passando por momentos de novas tecnologias, como o EPROC e a inteligência artificial, que mudam a rotina de secretaria e gabinete. É fundamental que nós, como gestores, nos atualizemos e sejamos multiplicadores desses conhecimentos”, afirmou. Ele enfatizou que a ação educaional não apenas abordaria os desafios atuais, mas também formaria novos líderes capazes de implementar mudanças positivas no sistema judiciário.
Dr. Marcus Vinicius Mendes do Valle, por sua vez, iniciou o debate com uma reflexão sobre a modernidade líquida e os desafios enfrentados pelo Judiciário, destacando que: “estamos inseridos em uma sociedade complexa, permeada por conflitos e demandas que muitas vezes são depositadas nas mãos do Estado. É preciso compreender que o Judiciário enfrenta uma sobrecarga de trabalho e que a percepção da sociedade sobre sua lentidão e custos altos é um desafio real”. Ele também encorajou os participantes a refletir sobre a relevância dessas percepções e sobre os modos como o sistema judiciário poderia se adaptar para atender às expectativas da população.
Esta ação, que integra o Plano de Desenvolvimento Institucional da EJEF, demonstra a importância que a Escola Judicial confere ao aprimoramento contínuo do sistema judiciário, por meio do diálogo, visando a uma justiça mais ágil, eficaz e acessível a todos.
A expectativa é que, ao final, os participantes tenham construído visão mais clara a respeito dos desafios enfrentados pelo Poder Judiciário, além de terem adquirido ferramentas para criação de soluções inovadoras.
