Com música e um tema intrigante: “Nudges: vai um empurrãozinho aí?” a Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (EJEF) por meio da Unidade Avançada de Inovação em Laboratório do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (UAI-Lab) realizou ação educacional ao vivo, na noite de quarta-feira, transmitida pelo canal no YouTube da EJEF.
A live começou com música popular brasileira. Stefânia Ferraz, Oficiala de Justiça da 1ª Câmara Criminal do TJMG, e Wibner Canuto, Professor de Violão, apresentaram as canções “La belle de jour”, de Alceu Valença, e “Tocando em frente”, de Almir Sater.
A abertura da live foi conduzida por Priscila Pereira de Souza, Gerente do Centro de Desenvolvimento e Acompanhamento de Projetos do TJMG, e por Rodrigo Martins Faria, Juiz Auxiliar da 1ª Vice-Presidência do TJMG e Coordenador da Unidade Avançada de Inovação em Laboratório (UAILab) do TJMG. O magistrado enfatizou a importância do tema, afirmando que “já foi explorado por alguns laboratórios e políticas públicas ao redor do mundo e tem ganhado relevância nos laboratórios de inovação, especialmente no Brasil, para implementar políticas públicas e incentivar as pessoas a adotarem comportamentos socialmente desejáveis”.
O palestrante, Salomão Akhnaton Zoroastro Spencer Elesbon, Juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), Membro da Segunda Turma Recursal do Espírito Santo e Doutor pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (ENFAM), iniciou a palestra destacando a teoria da racionalidade limitada, também conhecida como modelo Carnegie. Essa teoria descreve a noção de que os processos cognitivos humanos estão sujeitos a limitações, resultando na incapacidade de tomar decisões perfeitas ou ótimas. Essa abordagem foi concebida na década de 1950 por Herbert Alexander Simon.
Com base no contexto de limitações na tomada de decisões e escolhas, o juiz explicou o que são os nudges, citando Cass Sunstein, autor do livro “Nudge: O Empurrão para a Escolha Certa”. Sustein definiu os nudges como “abordagens que orientam as pessoas a direções particulares, mas que também lhes permitem seguir seus próprios caminhos, preservando assim, sua liberdade de escolha”.
Ao longo da exposição, surgiram questionamentos sobre a aplicabilidade dos nudges para melhorar os serviços judiciais e a qualidade do trabalho dos servidores. Foi discutida a possibilidade de implementar nudges com base em informações e tendências extraídas de dados. “É um desafio tecnológico e um desafio desenvolvê-lo com base nos princípios éticos do nosso trabalho”, explicou o palestrante.
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Imagens: Lucas Luiz