“Falar da EJEF em movimento não é nada novo. Afinal, a nossa Escola Judicial sempre foi o espaço da inovação, do debate construtivo das ideias, um espaço educacional sempre atento a se mover na busca do aprimoramento. No entanto, é fato que a pandemia restringiu os nossos movimentos pelos espaços de trabalho. Agora, com a retomada das atividades a EJEF se movimenta, não só pelos espaços do TJMG, aqui na capital, mas percorrendo todo o estado por meio das ações desenvolvidas no Núcleos Regionais” com essas palavras Desembargadora Lílian Maciel conduziu cerimônia de lançamento do programa “EJEF em Movimento”, na manhã desta terça-feira, 25 de abril, no Auditório da Escola, no Edifício Mirafiori, com a presença de magistrados do TJMG, do Comitê Técnico da EJEF, gestores, colaboradores e estagiários, iniciada com uma belíssima apresentação da Orquestra de Câmara da Orquestra Jovem do TJMG, apresentando a música Bella Ciao.
Na abertura da cerimônia, a magistrada convidou todos a conhecerem as estratégias desenvolvidas para aproximar ainda mais a instituição de seus docentes e públicos-alvo.
“Assim, convidamos a todos e todas a se movimentarem em busca de um aprendizado contínuo, compartilhando ideias e saberes em prol de uma prestação jurisdicional eficiente, célere, inovadora e cooperativa”, destacou.
Ana Paula Prosdocimi, Diretora Executiva de Desenvolvimento de Pessoas, explicou que o programa “EJEF em Movimento” constitui-se da realização de uma série de ações que têm como objetivo trazer os públicos ao espaço físico da Escola, por meio de múltiplas e inovadoras práticas, ao mesmo tempo em que se pretende levar a instituição aos diversos espaços do TJMG e dos fóruns das comarcas. “A experiência remota foi muito bem aproveitada durante e após a pandemia. O ensino, na modalidade à distância, deu muito certo e continua tendo papel expressivo na Escola, entretanto constatou-se por meio de estudos que, de certo modo, houve evasão de parte do público. Portanto, o “EJEF em Movimento” é a concretização de diversas ações, estratégias e ferramentas para reunir e ampliar conexões presenciais”, esclareceu.
Entre as ações e projetos relacionados ao “EJEF em Movimento” estão: as Oficinas Jurídica e Gerencial; as visitas às escolas, ação conectada ao programa “Conhecendo o Judiciário”; as Oficinas Relações Humanas no Trabalho; o programa “EJEF Inova, desenvolvido em parceria com a Unidade Avançada de Inovação do TJMG (UAI-Lab); o portfólio de cursos presenciais do Plano de Desenvolvimento Anual (PDA-2023) e os Grupos de Estudos e Pesquisas.
Carlos Márcio de Souza Macedo, Juiz Auxiliar da Segunda Vice-Presidência ressaltou a busca constante da atual gestão em diversificar as ações, de modo a contemplar os Núcleos Regionais e promover a intergeracionalidade. “Esse estímulo em prol de novas ações é muito importante porque representa a essência da instituição. Escola é movimento, é ação. Ao movimentarmos, levarmos e trazermos à Escola, estamos aproximando as pessoas entre si e à EJEF. Assim, incluímos e provocamos a interação entre os mais jovens e os veteranos”.
Ao descrever esse cenário, o magistrado utilizou como exemplo uma versão inovadora do curso “Trabalhe menos e produza mais”, que tem sido desenvolvida por ele e outros três magistrados de diferentes áreas e idades.
Como ser leve em um mundo pesado
Após o lançamento do programa “EJEF em Movimento”, o público foi brindado com a palestra “Como ser leve em um mundo pesado?”, proferida pelo jornalista, apresentador e escritor Fernando Rocha.
De um jeito leve, com pitadas de humor e falas permeadas de reflexões, o palestrante convidou a plateia a pensar sobre como o ato de movimentar-se é tão essencial às nossas vidas.
“Me sinto à vontade para falar em movimento porque é algo que faz parte da vida. A vida simplesmente é, e a gente precisa fazer a conexão dos acontecimentos inesperados com as nossas escolhas”, ressaltou.
Durante a palestra, Fernando Rocha demonstrou como sua vida foi transformada depois de ser demitido de uma emissora na qual atuou por décadas, quando comandava um programa televisivo voltado à saúde e bem-estar e em um momento no qual não tinha um plano B. Ele explicou que viu todos os seus dons e qualidades ficarem sob a linha negativa da demissão e, dolorosamente, aprendeu que “quem tem propósito não precisa de plano B” e que “a chave só vira do lado de dentro”.
Entre relatos pessoais e exemplos trazidos de suas inúmeras atividades profissionais, Rocha estimulou o público a pensar sobre propósito de vida, mudança de atitude, movimento em busca de novos ares e lugares e, sobretudo, em autoconhecimento.
Ao citar a técnica japonesa de restauração de cerâmicas quebradas com emendas de ouro, chamada Kintsugi, o jornalista enfatizou: “Precisamos valorizar as nossas cicatrizes. Para chegar algo novo, é necessário sair alguma coisa. Até energia ocupa espaço”.