Os servidores Thiago Doro, Gerente da Gerência de Jurisprudência, Biblioteca e Publicações Técnicas (GEJUR); Rafaela Giboschi, Coordenadora da Coordenação de Biblioteca (COBIB); e Denise Moreira, bibliotecária da COBIB, representaram a Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (EJEF) no “1º Encontro de Bibliotecas do Poder Judiciário” (ENABIJUD) realizado em Brasília, nos dias 16 e 17 de março.
Participaram mais de 200 bibliotecários e servidores do Poder Judiciário de diversos estados do evento, cuja organização foi responsabilidade do Tribunal Regional Federal da 1ª Região e da rede BIBLIOMEMOJUS, com apoio institucional do Conselho Nacional de Justiça e dos Tribunais Superiores. Renomados magistrados, como Desembargador Ney de Barros Bello Filho, do TRF-1, e o Juiz de Direito Carlos Alexandre Böttcher, do TJSP, proferiram palestra.
Os trabalhos contemplaram quatro eixos temáticos (Gestão, Biblioteca Digital, Memória e Agenda 2030 e Inovação) e realizaram-se por meio de atividades variadas. Destacaram-se os diversos painéis apresentados para discutir o papel das bibliotecas jurídicas na disponibilização de informação doutrinária, legislativa e jurisprudencial, bem como na organização e na gestão do conhecimento das instituições que representam. Uma das temáticas amplamente abordadas foi o uso de ferramentas de inteligência artificial, incluindo o CHAT GPT, para auxiliar os bibliotecários na organização dos repositórios institucionais.
Thiago Doro, Gerente da GEJUR avaliou positivamente o encontro, enfatizando seu benefício para os profissionais presentes. “A participação despertou em bibliotecárias e bibliotecários quanto ao uso de recursos de inteligência artificial aplicados à organização da informação e do conhecimento, sobretudo quanto às tarefas repetitivas de modo a automatizá-las sempre que possível, e fazendo assim com que a inteligência humana seja direcionada e aplicada a tarefas mais complexas como: elaboração de políticas de desenvolvimento de acervo, gestão de acervo, orientação ao público quanto às fontes confiáveis de informação bem como o combate à desinformação, promoção e marketing de serviços, entre outros que exigem sobretudo um julgamento humano para tomada de decisão” comentou.
Para a gestora Rafaela Giboschi, o encontro foi muito importante para todos aqueles que estão interessados em trabalhar em rede com o intuito de oferecer serviços e produtos com qualidade superior, mesmo em tempos de redução de investimentos na área. “A biblioteca tem que compartilhar práticas e recursos para poder oferecer ao usuário final uma informação realmente útil e de fonte confiável. O compartilhamento de informações entre bibliotecas já existe, porém é necessário formalizar e ampliar o que já é feito. Só assim conseguiremos oferecer informações de diversas bases de dados, com um preço melhor e com personalização à realidade do Poder Judiciário”, destacou.
Nos painéis, não faltaram referência aos dispositivos e manuais que norteiam as atividades das bibliotecas judiciárias, tais como: Resolução CNJ n. 316/2020, Resolução CNJ n. 324/2020, Resolução CNJ n. 429/2021 e o Manual de Gestão da Memória do Poder Judiciário.
Além dos painéis expositivos e palestras, houve visitas técnicas às unidades de documentação e informação da Câmara dos Deputados, do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, durante os dois dias de evento. Participante de uma delas, a servidora Rafaela Giboschi surpreendeu-se com a qualidade do trabalho realizado para recuperar e proteger o acervo da Câmara dos Deputados. “Foi surpreendente ver o salto que a tecnologia deu durante o período da pandemia. Porém, o que mais me chamou a atenção foi o cuidado e o carinho que as equipes, grande parte delas formadas por servidores, possuem em relação ao patrimônio nacional. Isso ficou evidente durante as falas do evento e também nas visitas técnicas. Consegui participar da visita a Câmara dos Deputados e foi emocionante conhecer o trabalho de tantos profissionais empenhados em proteger e também restaurar o que foi atingido nas ações de vandalismo do dia 8 de janeiro de 2023”.
Biblioteca do TJMG
A Biblioteca Desembargador Amílcar de Castro é constituída por acervo físico de livros, periódicos e coleções especiais. É possível realizar empréstimo domiciliar para público interno e também entre bibliotecas cadastradas. Atualmente, no acervo físico há cerca de 28 mil exemplares de livros e 247 títulos de periódicos (entre correntes e encerrados). No último ano, foram feitos 4.194 empréstimos, entre livros e folhetos, a usuários internos.
Biblioteca Digital
A Biblioteca Digital do TJMG é um sistema que oferece, em ambiente virtual, variedade de documentos relacionados ao Tribunal e de interesse da sociedade: livros, artigos, periódicos completos, notas técnicas, boletins, relatórios, manuais, monografias, planos, projetos e outros. Parte de seu acervo pode ser acessada pelo público em geral, havendo algumas coleções restritas ao público interno, a exemplo das bases de dados de editora acessíveis apenas a magistrados e servidores via Rede TJ.
Os seguintes catálogos integram a Biblioteca Digital do TJMG:
– Minha Biblioteca (livros);
– Lex Magister (livros, artigos de periódicos, jurisprudência);
– Biblioteca Digital Fórum (livros e artigos de periódicos);
– RT Online (artigos, jurisprudência e legislação publicados em revistas da Ed. dos Tribunais);
– RT Proview (livros da Ed. Revista dos Tribunais);
– Governet (doutrinas, legislação e jurisprudência)
Atualmente a Biblioteca Digital conta com acervo de mais de 10 mil itens digitais com produção técnica e intelectual do TJMG, entre artigos, livros, relatórios de gestão, folhetos, pesquisas, coleção da Revista Jurisprudência Mineira. O acesso a esse acervo é aberto ao público em geral.
Digitalização de material
A biblioteca oferece serviço de digitalização por demanda do seu acervo impresso. Em observação à Lei 9.610/1998 (Lei dos Direitos Autorais), a digitalização de pequenos trechos de livros e periódicos do acervo impresso que não estejam disponíveis na Biblioteca Digital pode ser solicitada por magistrados, assessores e gestores do Tribunal.
Para tanto, é preciso formalizar o pedido em mensagem enviada ao e-mail ou ao telefone (31) 98457-4969, via Whatsapp. O prazo de resposta depende da demanda, podendo variar de 2 a 72 horas.
Fotos: arquivo pessoal